como um nó no cabelo quando passa o vento
leva tudo, folha, poeira, besteira e a umidade do ar
deixa os dedos presos nas pontas ao trançá-los
e tranca na alavanca das horas pré-solares
matizes de beges que se cromam com carmins
entumescidos de azul do céu, enrubescidos de pó
xadrez nas sombras cruzadas das telas de metal
listradas nas entrelinhas das venezianas das clausuras
está lá, presente, elo, amálgama de fios tão libertos
cada um com um destino reverso de cafunés
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