4.6.11

suave

como um nó no cabelo quando passa o vento

leva tudo, folha, poeira, besteira e a umidade do ar

deixa os dedos presos nas pontas ao trançá-los

e tranca na alavanca das horas pré-solares

matizes de beges que se cromam com carmins

entumescidos de azul do céu, enrubescidos de pó

xadrez nas sombras cruzadas das telas de metal

listradas nas entrelinhas das venezianas das clausuras 

está lá, presente, elo, amálgama de fios tão libertos

cada um com um destino reverso de cafunés


Nenhum comentário: