... losting
as circunstâncias se calam
diante de um tapa
tudo é efêmero
constantes mutações
fato, fé, retrato
de quem eu estava naquela hora
exata
número inteiro
sem vírgulas, sem casas
- salas de estar -
decimais derradeiras
derretida feito vela
derramada feito leite
derrubada feito nada!
desconstruída
reduzida à areia
como dia após dia
útero retrovertido
a história inteira
retroverso
como gola que desfia
darwin foi cruel
rewind no romance
até o dia em que
eu nem era
26.7.05
20.7.05
caixa de números digitais
Nos últimos tempos
Estive muito proparoxítona
E ignorei
Que tempo não tem plural
A não ser no início
E no fim... onde lentos
E no entanto –
Não entendo...-
Se quantifica e exato!
Em graus
em qualquer relógio
pulso, parede
Fazendo ângulos
Dos nossos planos
Fazendo hora
Pra segundas intenções
E digital na espera
Velada das rotações
Translações, solstícios
Estática, estanque
Entre quatro paredes
Não menos virtual:
cyberespaço
atemporal
14.7.05
Nó
pra não dizer que perdi o chão,
perdi o nosso céu no jogo
e as referências, onde estão?
do meu norte, rumo e prumo
passei o ponto, errei o passo
pulei a ponte, errei a mão
como quando se aprende
a dar laço no cadarço
puxei a ponta e desfiou
carreira a carreira o abrigo
inteiro, de lã: cardigã
ovelha e amanhã
onde será que irei amanhecer
será lar, lugar, nos seus braços
volta novelo, volto abóbora
passei da idade das peripécias
(novena, novela: eu batizava minhas bonecas)
...dos precípícios...
polígonos convexos de ângulos oblíquos
há quantas colunas de ar
erguendo esta noite?
suspendendo relâmpagos...
e quanto dele me cabe
em cada alvéolo?
cubicar o invisível e o indivisível
errei a conta, perdi o número
há premência na sua voz
que eu ouço o que não foi dito
e repito:
eu to voltando.
para a origem desse compasso
eu retorno ao seu abraço, àquele almoço
à origem deste círculo
virtuoso
que desferem seus indicadores
nos meus mamilos
... e você? que chegou pelas minhas costas
há quantas saídas para os mesmos destinos?
19.10.04
perdi o nosso céu no jogo
e as referências, onde estão?
do meu norte, rumo e prumo
passei o ponto, errei o passo
pulei a ponte, errei a mão
como quando se aprende
a dar laço no cadarço
puxei a ponta e desfiou
carreira a carreira o abrigo
inteiro, de lã: cardigã
ovelha e amanhã
onde será que irei amanhecer
será lar, lugar, nos seus braços
volta novelo, volto abóbora
passei da idade das peripécias
(novena, novela: eu batizava minhas bonecas)
...dos precípícios...
polígonos convexos de ângulos oblíquos
há quantas colunas de ar
erguendo esta noite?
suspendendo relâmpagos...
e quanto dele me cabe
em cada alvéolo?
cubicar o invisível e o indivisível
errei a conta, perdi o número
há premência na sua voz
que eu ouço o que não foi dito
e repito:
eu to voltando.
para a origem desse compasso
eu retorno ao seu abraço, àquele almoço
à origem deste círculo
virtuoso
que desferem seus indicadores
nos meus mamilos
... e você? que chegou pelas minhas costas
há quantas saídas para os mesmos destinos?
19.10.04
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