Descem as horas como regras negras e quentes
Manchas de sol na visão de quem vem de fora com pressa
Mesmo vento escapando pelas varandas e sono manso
Ascendendo como o peito, a camisola e as cortinas...
O horizonte já fletiu com o peso das minhas costas
E recostada no vão da porta, reagindo ao sal e ao verão
Chegam pontas, pontos, pintas e rugas nos cantos e vírgulas
As personagens contam histórias simples e repetidas
Mas repletas de fé e loucura de quem acredita mesmo nelas
E assim as estórias viram verdades e assim passamos o tempo
Que nos passa, impassível, e é passado e pronto!