16.2.06

Pó de arroz

Perdi meu anel
E cada vez que o perco
Ele perdi...
Nunca tive, nunca o tive e mesmo...
Sabendo que ele me deixa
Em silêncio
Rouco
Pouco
Me ama tampouco
Não zela e revela-se louco
Falido! Mas me é tão querido
E amado
A lua me vela e por ele
Seu se faz nublado
Perdi minha inocência
Mas não a perdi, ingenuidade
Nem jamais pedi mais dela
Sou madura o bastante
Pra saber que homens perfeitos
São anjos sem asas
E tampouco são reais
Também não são plebeus
Nem nunca poderiam ser meus
Nem fiéis
São nuvens, vapores
Magia
Tanto quanto estrelas caindo
Por nada por tudo seria
E ele me perde
Não é jogo, não é vida
É só um sonho preso nos meus olhos
Agora pra sempre
E durante cada um de todos
Os dias que esta idéia compreende


26/02/02

8.2.06

Fondüe

O meu corpo é templo da tua presença
Tanto e quanto foi marcada minha existência
No fim eu sempre te encontro, e desencontro
Mas de te sentir por um só segundo, fê-lo profundo
Tramas e tremas, mantas e mantras
Traumas e flâmulas e fleumas e plumas
Sortes e cortes, venhas ser meu consorte
De manhas e de manhã
Entre velas e avelãs, sou tua diva e teu divã
Acordar e concordar com teu contorno
Aportar e apertar-te contra meu peito
Fazer um mar de amor nosso leito
Descobrir a forma perfeita, ser tua eleita
Suar, sorrir, sinos e cinas, filhos e filhas
Fondue para ti
Venhas e vinhos, queijos e beijos
Santas e sintas o calor dos desejos...