9.4.06

Meu menino dourado

Ô, menino, quando ele me abraça
Eu não sinto nada sequer
Não vejo, não ouço, mais nada...
Quando me beija como quiser
Sabe que eu te penso abusado
Que não te sou apaixonada
Mas vive na minha saia suado
De tanta pirraça me fazer
Eu consigo não te querer
Teu corpo não é ameaça
Se não estiver perto de mim
Mas se vem tão... respirando
Me despindo de tanto que olhando
Eu resisto só o tamanho
De um dedinho mindim
O movimento do teu achegar
Pira na minha pele arrepiar
Porque eu não sinto nada
Só te quero mergulhar
São passos descalços domados
Calor surdo de uma pancada
Escuro de olhos fechados
Final e vermelho de luz solar e ausente
Sono desperto naturalmente
No peito de alguém fazer lar
O tempo parece parar

22/03/99

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