30.10.05

Prefiro cinema a construir

Nesta comum manhã do mesmo salgado
Dos holofotes lacrimejando no despertar
Temakis de espirais voluptuosas, morosas
Enlouquecidas no histérico resgate, meu amor
E me vendo, no escuro, à luz torpe da rua
Tradizer os costumes não por hábito
Mas por modismos, como o comprimento das saias
Nada há por detrás, por debaixo e adentro
Que não esteja aqui mesmo, corpo presente
Ou se não estivesse todo o tempo. Ousar
Tocar sem fato físico ao menos com o calor
Da respiração da intenção, segunda que fosse...
E partir sem tê-lo feito túnel
Que carrega aqueles instantes de açúcar original
Quando eu costumava ser gélida nos fragmentos
Arredondar inteiros em ingenuidade pueril
Lançar casacos à lama e dizer ser ponte concreta
Alçar estrelas com a ponta dos dedos quebrados
Na ponta dos pés com os quais cheguei nesta Linha _
Gentil.
Passo atrás de outro.
UM.

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