1.8.05

Café

Eu quero ser amada como os latentes
bebem vorazes seu copo de leite
cheio de leite... se servem e criam cedo
bigodes no canto da boca

Do meu menino tenho saudade
do seu sorriso estremecendo em meu ventre
enquanto espreguiço na luminosidade da manhã
a avançar pela janela até o pé da cama

Nossas nucas paralelas e as coxas
frias flores, couve-flor e alcachofras
minha barriga da perna faminta
sob sua força branda e constante

Não me perca nessas horas em que falta
quando falha como o sol no inverno
quando chega quente feito café e desejo
negro e solúvel no meu dia tão branco

Um comentário:

Anônimo disse...

Quente... adorei!
Beijocas!