26.7.05

living leaving

... losting
as circunstâncias se calam
diante de um tapa
tudo é efêmero
constantes mutações
fato, fé, retrato
de quem eu estava naquela hora
exata
número inteiro
sem vírgulas, sem casas
- salas de estar -
decimais derradeiras
derretida feito vela
derramada feito leite
derrubada feito nada!
desconstruída
reduzida à areia
como dia após dia
útero retrovertido
a história inteira
retroverso
como gola que desfia
darwin foi cruel
rewind no romance
até o dia em que
eu nem era

2 comentários:

Anônimo disse...

Talvez vc possa ver o quanto a distancia é incrivel e tão curta! Basta vc erquer as mãos , apenas as mãos em direção ao céu, e essa imensidão que de tão imensa chega a ser ridicula e absurda, mas ela está lá, vc a vê, esperando ser tocada.... então vc pensa que talvez tudo não passe de uma grande ilusão de ótica, mas por um momento onde tudo aparentemente parou no tempo, vc a tocou......a tocou de tanto desejar, algo bem maior do que vc imaginaria....é impossivel que não a tenha tocado, de tanto desejar.......agora, a imensidão é só sua, por um doce instante, e fica retida na sua memória.......

um carinho para vc, bj.

Silvia Chueire disse...

É isso, vale a pena. Não deixe de escrever estes poemas.

Beijos,
Silvia