pra não dizer que perdi o chão,
perdi o nosso céu no jogo
e as referências, onde estão?
do meu norte, rumo e prumo
passei o ponto, errei o passo
pulei a ponte, errei a mão
como quando se aprende
a dar laço no cadarço
puxei a ponta e desfiou
carreira a carreira o abrigo
inteiro, de lã: cardigã
ovelha e amanhã
onde será que irei amanhecer
será lar, lugar, nos seus braços
volta novelo, volto abóbora
passei da idade das peripécias
(novena, novela: eu batizava minhas bonecas)
...dos precípícios...
polígonos convexos de ângulos oblíquos
há quantas colunas de ar
erguendo esta noite?
suspendendo relâmpagos...
e quanto dele me cabe
em cada alvéolo?
cubicar o invisível e o indivisível
errei a conta, perdi o número
há premência na sua voz
que eu ouço o que não foi dito
e repito:
eu to voltando.
para a origem desse compasso
eu retorno ao seu abraço, àquele almoço
à origem deste círculo
virtuoso
que desferem seus indicadores
nos meus mamilos
... e você? que chegou pelas minhas costas
há quantas saídas para os mesmos destinos?
19.10.04
Um comentário:
Os destinos se sobrepõe em
cada poesia que nasce em nossa vida.
sua poesia é muito querida, Bj.
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