19.8.05

Na Laje

Nesta província lavada
Na manhã seguinte ao temporal
De cimentados caiados ao sol
Tímido, híbrido, expondo a ferrugem
Da decadência inevitável da pele
Daqueles dias de paixão abissal
Das desnudas e músculos
Desfeitos ao hálito das marés
Como se fôramos feitos
De bálsamo ou sal e salmoura
As sardas e o ruivo do vermelho
Incendiando óleo negro: veraneio
Marcas do tempo no que é físico
E em tudo absolutamente que é vivo

18/12/03

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