Queria tanto que fosses comigo
aonde a garoa é mais tempestade
onde aquele lugar da cidade
fica mais lindo se visto a teus olhos
Queria voltar a possuir ingenuidade
e não pertencer à distinção da malícia
porque não existe bondade ou maldade
são só instintos, agressões, ou carícias
Queria tanto chover e deitar como cortina
pelo ar úmido e azul das tuas retinas
e te aquecer, menino da minha vista
Míope, apertar-te tão estreito e contrito
astigmática, distorcer-te; te perdendo
e o foco que mudou-me, infelizmente
Há nos pisos, pelos ralos escorrendo
o açúcar do teu sorriso antes da chuva
que o geotropismo apagou da tua mente
12/05/99
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