24.5.05

Éramos suaves

Durma um amor noite linda
porque bem amanheceremos
trocados em fábulas e espáduas
exalando o cheiro da essência
mesma comum conhecida
precisa no amplo olfato do mundo
sinto a lua preencher-me na testa
por detrás da imagem venerada
a voz a falhar-me retesada
e seu braço forte ausente
a têmpora vibrante tremula
colada na cama de quem ama
ainda comumente

Um comentário:

Silvia Chueire disse...

o amor é incomum.
é uma surpresa
e um espelho que desaparece.

havemos que ser meticulosos,
nossas mãos leves
apenas roçando as asas
deste pássaro.

havemos que ser incomuns,
elevados muito acima do chão,
ou não será amor,
apenas nosso pequeno cotidiano.

silvia chueire

beijos, obrigada,

silvia